O medo infantil é um problema que muitos pais precisam saber lidar. O medo tem origem biológica, familiar e social.  Sendo assim, em algum momento todos nós sentiremos medo em diferentes formas. Segundo autores, os bebes (por volta do 3 – 4 mês), mostram o rostinho alegre diante de qualquer pessoa que dele se aproxime, demonstrando interesse particular em faces e vozes humanas; por volta dos 7º mês, o bebe pode manifestar medo na presença de uma pessoa desconhecida isto é, na presença de estranhos, o bebe chora e grita. Este comportamento tem variação sobre os ambientes e atitudes da mãe, assim o medo de estranhos surge de forma contundente ao medo da novidade.

Este medo poderá ser nomeado como angustia do 8º mês. Isto pode ser caracterizado como um resultado de uma decepção sofrida pelo bebe. Nestas condições, o medo infantil de estranhos seria constituído em uma angustia de separação. Este medo poderá ser suscitado pela simples mudança de aparência das pessoas próximas: novo penteado, colocação de óculos, uso de chapéu. A partir do 8º mês, o medo de estranhos muitas vezes se prolonga em timidez .

Sabemos que o medo em sua função básica esta relacionado com o instinto de conservação, existem  duas espécies de interdições  e que muitas vezes será difícil para a criança estabelecer a diferença entre elas: as que tem a finalidade de afastá-la dos perigos – cair, se queimar, e as situações em que impedem de realizar algumas ações – quebrar objetos, mexer no fogo, esses medos, dependem da cultura e precisam ser incorporados precocemente a personalidade da criança. Na sua particularidade a criança descobre novos perigos e consequentemente novos medos, cabe ao cuidador ensinar para a criança usar o medo a seu favor, isto é, ao cuidado de si mesmo.

Muitas vezes no domínio dos medos, a criança encontra suas próprias soluções, faz parte da evolução da criança registrar a experiência de perigos, reais ou imaginários,  porém quando seus esforços fracassam ou são contrariados pelos seus familiares, esta emoção passa a causar prejuízos ou sofrimento na rotina das  crianças (choros constantes, recusa escolar, insônia, alteração alimentar), observar a necessidade de uma atenção especial ou mesmo  uma intervenção mais específica.

Contudo, diante desta emoção, é importante que a criança reconheça e descubra como o medo funciona em nossa mente e no nosso organismo, provocando sentimentos desagradáveis e  tornando as situações difíceis.